Pacificando o branco
Cosmologias do contato no norte-Amazonico
Índios do Norte da Amazônia estão nos descrevendo, nos amansando, tentando nos entender e se entender conosco. Alguns há vários séculos, outros há poucos anos. Como podemos compreender o modo pelo qual somos compreendidos?
Durante a última década, a antropologia preocupou-se muito com o problema inverso: como podemos compreender o modo pelo qual compreendemos os outros? E ficou assim entretida demais com seu próprio umbigo. Este livro magistral, esperado há vários anos, é um alívio. Mo...
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- Éditeur : IRD Éditions, Emprensa Oficial SP/Unesp
- Collection : D’Amérique latine
- Lieu d’édition : Marseille
- Année d’édition : 2002
- Publication sur OpenEdition Books : 20 novembre 2018
- EAN (Édition imprimée) : 9782709914550
- EAN électronique : 9782709925969
- DOI : 10.4000/books.irdeditions.24689
- Nombre de pages : 532 p.
Cosmologias do contato no Norte-Amazônico
Parte I: Trocas, palavras e doenças
Estratégias Waiwai
Os brancos e seus bens nas representações Wayana do contato
Os neologismos Kali’na (Guiana Francesa)
Epidemiologia e representações de doenças infecciosas entre os Desana do alto Rio Negro
Parte II: Alteridades e etnicidades
Os Waiãpi do norte e seus brancos (Guiana Francesa)
Efeitos do contato sobre a auto-representação Matis
Discurso político e auto-representação Waiãpi
Uma crítica xamânica da economia política da natureza (Yanomami)
Parte III: Ritos e resistências
As múltiplas faces de um processo de territorialização entre os Ticuna
Censuras e memórias da pacificação Waimiri-Atroari
Ironia ritual e resistência étnica Wakuénai (Venezuela)
Produção, transformação e transcendência na história Kaxinawá
Parte IV: Cosmologias e histórias
A atração dos Arara
O branco na história e mito Baniwa
Identidade e violência num mito Arapaço do alto Rio Negro
Uma narrativa histórica Macuxi
Os brancos em práticas retóricas Wapishana
Índios do Norte da Amazônia estão nos descrevendo, nos amansando, tentando nos entender e se entender conosco. Alguns há vários séculos, outros há poucos anos. Como podemos compreender o modo pelo qual somos compreendidos?
Durante a última década, a antropologia preocupou-se muito com o problema inverso: como podemos compreender o modo pelo qual compreendemos os outros? E ficou assim entretida demais com seu próprio umbigo. Este livro magistral, esperado há vários anos, é um alívio. Mostra como é fecundo analisar o trabalho simbólico e político de sociedades indígenas, trabalho que resulta em suas “cosmologias do contato” e na forma específica pela qual se apropriam da história e do mundo contemporâneo.
© IRD Éditions, 2002