A ficção como história
Resistência e cumplicidades na literatura angolana pós-colonial
A Ficção como história é uma análise interdisciplinar de mais de vinte romances angolanos escritos, entre as décadas de 1960 e 2010, por alguns dos mais célebres escritores do país – Pepetela, Manuel dos Santos Lima, Manuel Pacavira, Manuel Rui, Boaventura Cardoso, José Eduardo Agualusa, Sousa Jamba e Ondjaki. Dorothée Boulanger analisa a forma como a ficção desempenhou um papel fundamental na formação da identidade angolana e na denúncia da propaganda colonial portuguesa. Num país onde muitos a...
Note de l’éditeur
A tradução e a publicação deste livro foram possíveis graças ao apoio financeiro do Jesus College, da Universidade de Oxford; do programa “Ciência Aberta para os Estudos Africanos” (atribuído pelo Fundo Nacional Francês para a Ciência Aberta [FNSO], 2.ª edição); e do IFAS-Research (Joanesburgo).
O livro impresso está disponível no Mercado de Letras: https://mercadodeletras.pt/produto/a-ficcao-como-historia-resistencia-e-cumplicidades-na-literatura-angolana-pos-colonial/
Éditeur : Africae, Mercado de Letras Editores, Centro de Estudos Africanos da Universidade Católica de Angola (CEA-UCAN)
Lieu d’édition : Joanesburgo ; Paris ; Lisboa ; Luanda
Publication sur OpenEdition Books : 25 mars 2025
ISBN numérique : 978-2-493207-16-6
DOI : 10.4000/13kaz
Collection : Africae Monographs
Année d’édition : 2025
ISBN (Édition imprimée) : 978-972-8834-40-1
Nombre de pages : 246
Capítulo 2
Factos indizíveis? Romances angolanos e a tentativa de golpe de Estado do 27 de Maio de 1977Capítulo 3
O século XVII: O nascimento de uma nação?A Ficção como história é uma análise interdisciplinar de mais de vinte romances angolanos escritos, entre as décadas de 1960 e 2010, por alguns dos mais célebres escritores do país – Pepetela, Manuel dos Santos Lima, Manuel Pacavira, Manuel Rui, Boaventura Cardoso, José Eduardo Agualusa, Sousa Jamba e Ondjaki. Dorothée Boulanger analisa a forma como a ficção desempenhou um papel fundamental na formação da identidade angolana e na denúncia da propaganda colonial portuguesa. Num país onde muitos autores foram membros do MPLA (o Movimento Popular de Libertação de Angola) e ocuparam cargos oficiais de relevo após a independência, este livro também revela a interação entre resistência literária e cumplicidades, assim como o peso do posicionamento político e da identidade de género dos próprios escritores angolanos. Rejeitando as separações académicas ocidentais entre literatura e história, poder e poética, este estudo centra-se nos modos africanos de pensar e contar História(s), concentrando-se na própria narrativa dos escritores angolanos sobre o passado, distante e mais recente, do seu país, desde o comércio atlântico de escravos e a criação da elite crioula até à luta armada anticolonial e à tentativa falhada de golpe de Estado do 27 de maio de 1977.
Faculty of Medieval and Modern Languages, University of Oxford.
ORCID : 0000-0002-4724-7284
Dorothée Boulanger é investigadora (Career Development Fellow) em estudos de género e sexualidade na Faculdade de Ciências Humanas, da Universidade de Oxford. A sua investigação foca-se na encruzilhada entre a literatura e a história africanas, com um interesse específico na África Lusófona, no género e nas perspectivas ecocríticas.
Susana de Faria Sousa e Silva (trad.)
Universidade de Lisboa.

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